IDH municipal do Brasil cresce quase 50 % em 20 anos, aponta Pnud

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil cresceu 47,5% entre 1991 e 2010, segundo o "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", divulgado na última semana, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A classificação do IDHM geral do Brasil mudou de "muito baixo" (0,493), em 1991 para "alto desenvolvimento humano" (0,727), em 2010. Em 2000, o IDHM geral do Brasil era 0,612, considerado "médio".

O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). O IDHM do país não é a média municipal do índice, mas é um cálculo feito a partir das informações do conjunto da população brasileiras em relação aos três indicadores.

Dos três indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil, em 2013, foi respectivamente, o de longevidade – com 0,816 (classificação "desenvolvimento muito alto"; seguido por renda – com 0,739 (classificado como "alto"); e por educação – com 0,637 (classificado como "médio").

Apesar de educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos: de 0,279 para 0,637 (128%). No indicador longevidade, o crescimento foi 23% entre 1991 e 2010; no caso de renda, a alta foi de 14%.

O Brasil está entre os 15 países que mais conseguiram reduzir o déficit no IDH entre 1990 e 2012, uma trajetória que o coloca no grupo de “alto desempenho” em desenvolvimento humano.

A classificação de “alto desempenho” foi dada aos países que tiveram desenvolvimento humano significativo pois, além de experimentar aumento do rendimento nacional, registram valores superiores à média nos indicadores de saúde e educação; reduziram o hiato necessário para alcançar o teto do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – igual a 1; e tiveram desempenho melhor em relação a seus pares – países que se encontravam em patamares semelhantes em 1990.

 

Aumento real do salário mínimo eleva IDH no critério “renda”

Conforme dados do IBGE (Inflação IPCA) e do DIEESE (valor da cesta básica), além do histórico do PIB brasileiro, é possível fazer uma comparação de indicadores econômicos que afetam diretamente a maior parte da população brasileira, com base no salário mínimo.

 

Nos anos de 1999 e 2002, se for descontada a inflação do período, o salário mínimo, além de não aumentar, perdeu seu valor: –4,32% e –1,42%, respectivamente. Fato que não se repetiria entre 2003 e 2012.

Em 1995, o salário mínimo valia R$ 100,00; em 2002, o mesmo valia R$200,00, o que demonstra um crescimento de 100% no período, sendo que desse aumento, descontando-se a inflação de oito anos, nota-se um aumento real de 21,89% no salário.

Em 2003, com o salário mínimo valendo R$ 200,00 , Lula assume a presidência do Brasil. No ano de sua saída (2010), o mesmo salário valia R$ 510,00, caracterizando portanto um aumento de 155% em relação ao valor do início de seu mandato, e 53,6% de aumento real, descontando-se a inflação.

Já nos dois primeiros anos do mandato de Dilma Rousseff, o Salário Mínimo passou de R$ 510,00, deixado pelo governo Lulapara R$ 622,00 no ano de 2012, o que representou um aumento de 22% em dois anos de governo.

É importante recordar que, há algum tempo, trabalhadores de todo o País se mobilizavam para exigir um salário mínimo de 100 dólares – meta que já foi ultrapassada nos últimos anos.

Saudades tem índice de IDH elevado

O município de Saudades, segundo o atlas IDHM 2013, apresenta nível de Alto Desenvolvimento Humano, ocupando a 453ª posição no Brasil.

De acordo com os dados levantados, o IDHM do Vale da Hospitalidade é de 0,755 no nível geral. No critério de longevidade, o índice é de 0,850; no quesito renda, o índice atinge 0,723; e na educação, o índice atinge 0,700.

É importante lembrar que, quanto mais próximo a 1, melhor o IDH. Quanto mais próximo a 0, pior o IDH.