Palestra discute tema da liberdade

No mês de novembro, foram realizadas palestras para os alunos da EEB Rodrigues Alves, no município de Saudades, para as turmas da primeira série até terceira série. O conteúdo foi explanado pelo advogado Gerson Fröhlich, sendo que o tema da palestra foi liberdade artificial e felicidade artificial.

“A tríade da revolução Francesa, ou seja, os princípios da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, são a base da quase totalidade das Constituições Federais do mundo, incluindo a do Brasil. A proposta original da Revolução Francesa de 1789 foi de mais Liberdade (negocial) para todos, o que na teoria forneceria mais Igualdade, e sendo mais iguais seríamos mais Fraternos. Ocorre que este modelo ainda não se consolidou, avançou-se muito, contudo, há falhas graves, principalmente no que tange à Liberdade/Felicidade, pois, tornou-se uma mercadoria”, garante Gerson.

Ainda de acordo com Gerson, ele exemplifica com a edição da revista Super Interessante, edição 319, 2013, que coloca na capa e na pág.  n.º 50 matéria que fala “Como lidar com a Tristeza”. “Vivemos uma época de prosperidade, mas nunca tanta gente esteve tão deprimida. Afinal, o que está acontecendo conosco? Por que estamos tão deprimidos?. A máxima do nosso tempo é vencer. E vencer significa ser feliz. No meio do caminho, escolha uma profissão, tenha amigos, compre um carro, financie uma casa, case, viaje, vá ao shopping, torça por um time, compre, use, abuse, jogue, desfile, passeie, julgue, brilhe, dance, transe, descanse”, frisa.

A publicidade teria transformado a felicidade em uma sucessão de frases imperativas que faz o ser humano consumir. “Só que isso não preenche nada. E o vazio continua aqui dentro. Este vazio por muitas vezes é preenchido com drogas, tanto ilícitas como lícitas”, completa Gerson. A mesma revista comenta, na pág. 51, que os estados do Sul são os mais deprimidos, somos o que mais consumimos antidepressivos no país, em ordem: 1º RS, 2º SC, 3º PR. “Lembre-se: a felicidade não é uma obrigação. Claro que é bom, desde que seja de forma espontânea”, conclui o jurista.