SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE ALERTA SOBRE FOCOS DA DENGUE EM SAUDADES-SC
O Agende da Defesa Civil e Endemias, Ivan José Kercher alerta a população quanto aos cuidados necessários em relação a Dengue, principalmente em ambientes como cemitérios, nos quais algumas precauções são de vital importância, como: disponibilizar arreia nos vasos, furar enfeites e embalagens plásticas que acumulam muita água, transformando-se em criadouros dos mosquitos, etc,.
Em relatório recentemente divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, foram encontrados 90 focos no município de Saudades-SC do Aedes aegypti e albopictus.
Medidas para controle do mosquito Aedes aegypti:
- Eliminar recipientes inservíveis como latas, materiais descartáveis, cascas de ovos, tampas de garrafas e outros;
- Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
- Manter vedados caixas d’água, poços, cisternas, tanques, tambores e outros reservatórios de água;
- Conservar canaletas e calhas desobstruídas (Remover galhos e folhas de calhas);
- Não deixar restos de materiais de construção ao ar livre, com risco de acúmulo de água das chuvas;
- Não deixar água acumulada sobre a laje;
- Proteger ralos e ladrões de caixas d’água com telas;
- Lavar e escovar bebedouros de animais, no mínimo, 1 (uma) vez por semana;
- Eliminar pratos de vasos de plantas. Caso não seja possível, colocar areia para não acumular água;
- Armazenar, em locais cobertos, materiais que possam acumular água, pois eles podem servir de criadouros do mosquito transmissor da dengue.
- Acondicionar pneus em locais cobertos;
- Fazer sempre manutenção de piscinas;
- Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;
- Eliminar sacos plásticos e lixo do quintal.
Aedes aegypti X Aedes albopictus (diferenças)
Aedes aegypti
Considerado uma das espécies de mosquito mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o Aedes aegypti – nome que significa “odioso do Egito” – é combatido no País desde o início do século passado.
O mosquito da dengue, muito parecido com o pernilongo, é menor que um mosquito comum (5 a 7 milímetros), de cor escura, rajado, com listras brancas no corpo e nas patas. Chama-se Aedes aegypti, por ter sido identificado no Egito. O nome significa “o odioso do Egito” por causa disso.
Aedes (Stegomyia) aegypti (aedes do grego “odioso” e ægypti do latim “do Egipto“) é a nomenclatura taxonômica para o mosquito que é popularmente conhecido como mosquito da dengue ou pernilongo rajado. É uma espécie de mosquito da família Culicidae proveniente de África, atualmente distribuído por quase todo o mundo, com ocorrência nas regiões tropicais e subtropicais, sendo dependente da concentração humana no local para se estabelecer.
O mosquito está bem adaptado a zonas urbanas, mais precisamente ao domicílio humano, onde consegue reproduzir se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa, isto é, pobres em matéria orgânica em decomposição e sais (que confeririam características ácidas à água), que preferivelmente estejam sombreados e no peridomicílio. As fêmeas, para realizar hematofagia, podem percorrer até 2 500 m. Curiosamente, somente a fêmea precisa do sangue humano para seu desenvolvimento; o macho alimenta-se de frutas. Portanto, somente as fêmeas irão transmitir a dengue.
Normalmente, o Aedes aegypti ataca somente durante o dia, geralmente de manhã ou no final da tarde.
O Aedes aegypti é um mosquito urbano, embora já tenha sido encontrado na zona rural. Acredita-se, porém, que para lá tenha sido levado em recipientes que continham ovos ou larvas. Próprio das regiões tropical e subtropical, não resiste a baixas temperaturas nem a altitudes elevadas. Desenvolve-se por metamorfose completa. Seu ciclo de vida, portanto, compreende quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto.
Estudos demonstram que, uma vez infectada e isso pode ocorrer numa única inseminação, a fêmea transmitirá o vírus por toda a vida, havendo a possibilidade de pelo menos parte de suas descendentes já nascerem portadoras do vírus.
É considerado vetor de doenças graves como o dengue, a febre amarela, a febre zika e a chikungunya e, por isso mesmo, o controle das suas populações é considerado assunto de saúde pública.
Aedes albopictus
O Aedes albopictus é outro transmissor potencial do vírus da dengue. A importância do mosquito do gênero Aedes está relacionada com o fato de grande parte de seus representantes estarem envolvidos na transmissão de patógenos ao homem. O Ae. aegypti é considerada o único vetor do arbovírus da dengue nas Américas, enquanto o Ae. albopictus, apesar de não possuir papel relevante como vetor de arbovírus no Brasil, mostrou-se capaz de infectar-se e transmitir o vírus DEN-2 da dengue, febre amarela e vírus da encefalite equina venezuelana. A isto se acrescenta o registro de um vírus do dengue pertencente ao sorotipo 1 (DEN-1) numa larva de Ae. albopictus.
O mais importante vetor de dengue é o Aedes aegypti. O Aedes albopictus é um vetor de importância secundária na Ásia; contudo, em algumas áreas da Indonésia, têm ocorrido surtos com frequência, nas partes rurais do país, onde o Ae. albopictus é a espécie predominante.
O Ae.albopictus tem origem asiática, daí a denominação “Tigre Asiático”. A sua distribuição original incluía o sudeste do continente asiático, sendo considerado autóctone das regiões da Ásia Oriental, Australásia, Oceania e Paleoártica. Entretanto, o comércio internacional de pneus usados tem facilitado a disseminação da espécie que atingiu localidades distantes de seu centro de origem, como a América do Norte e do Sul, África, Europa Meridional, bem como algumas ilhas do Pacífico e Havaí. Nesta última região, a espécie se estabeleceu no século XIX, tendo se dispersado para outros locais pelo incremento das trocas comerciais e facilidades dos meios de transporte.
O A. albopictus, tem o potencial de se dispersar em diversos habitats, tanto na zona rural como na urbana, e sua presença nessas áreas evidencia a dispersão do ambiente silvestre para o urbano. As duas espécies podem coexistir na mesma região e utilizar criadouros de características semelhantes. Colonizam rapidamente locais onde as condições são favoráveis para sua proliferação e, embora as fêmeas não percorram grandes distâncias, sua dispersão é rápida dependendo da disponibilidade de sítios para oviposição.
O homem é sua vítima mais frequente junto com as aves e tem distribuição ainda está ligada a população humana, habitando preferivelmente no peridomicílio do domicilio humano, tendo facilidade de se espalhar para o ambiente rural, semirural e silvestre, mas sua população é independente da grande densidade humana. A formas imaturas do Ae. albopictus desenvolvem se em criadouros de vários tipos (água contida em buracos em pedras, bambus, bromélias, latas, pneus etc.).
Seu ciclo evolutivo é semelhante ao do Aedes aegypti e alimenta-se de sangue humano ou de qualquer outro animal e é mais resistente ao frio que o Aedes aegypti. Essa capacidade para adaptar-se, torna seu combate mais difícil do que o do Ae.aegypti.
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