Manifesto Sobre suspensão de demarcações indígenas mobiliza região

Aconteceu na sexta-feira (14), no trevo de entroncamento da BR 282 com a BR 158, em Cunha Porã, a mobilização nacional pela suspensão de demarcações de terras indígenas. O evento contou com a participação de centenas de agricultores de municípios da região, em especial de Cunha Porã e Saudades, municípios estes que compreendem a área do Araça’í, atualmente disputada por indígenas e famílias de pequenos agricultores.

 

Além dos agricultores, estiveram participando da manifestação autoridades sindicais, cooperativistas e demais pessoas das cidades afetadas. Estiveram presentes também lideranças políticas municipais e estaduais, com destaque para os prefeitos de Cunha Porã, Jairo Ebeling, e de Saudades, Daniel Kothe.


A mobilização faz parte de uma ação organizada por entidades envolvidas em nível Nacional, como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e Federações de Agricultura de todo o país.

 

No Estado, a mobilização teve a adesão e o apoio da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Federação dos Trabalhadores na Agricultura de SC (Fetaesc), Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc).

 

À nível regional, as entidades presentes na manifestação foram o Movimento de Defesa da Propriedade e Dignidade e Justiça Social (DPD), Cooperativas, Sindicatos, Associações de Produtores Rurais e sociedade civil, além de representantes das administrações municipais e lojistas dos municípios.

 

Para o prefeito de Saudades, Daniel Kothe, o município é parceiro dos agricultores no manifesto. “Compreendemos que negar o direito de propriedade aos agricultores, num momento em que o país cresce e se desenvolve, tendo por base a agricultura, que compreende também as pequenas propriedades, é uma injustiça", aduziu.

 

Daniel ressalta ainda que os agricultores, juntamente com as administrações dos municípios

atingidos, construíram uma proposta para oferecer uma solução que contemplasse as famílias produtoras e os indígenas, sendo que estes últimos já se posicionaram favoravelmente. O ministério Público também deu seu parecer favorável, restando portanto, uma decisão do governo na agilidade da compra da área em Bandeirantes. “Esperamos que o Estado cumpra o que foi prometido, para que os indígenas possam estar vivendo com suas famílias num local que não desaloje os pequenos agricultores”, conclui Kothe.